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BORDAR
Descompasso
Nem sempre
a harmonia
fez-se de linhas
paralelas, retilíneas.
Ao contrário,
inesquecíveis melodias,
da quebra do setenário,
fazem brotar, no cenário,
o som dissonante,
o astro solitário,
que deixa no ar,
desenho imaginário,
uma voz,
um sorriso,
um quê
de descompasso,
um voo bordado no espaço,
convidando
a descompassar.
Ases que somos das esquadrilhas,
percorremos as mesmas trilhas
até o momento de
descarrilar.
(Do livro Lição de voar, 2019)
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